terça-feira, 14 de janeiro de 2014

EJA - Educação de Jovens e Adultos - Entrevista

Oie turminha! ;3

Hoje farei uma postagem mega especial sobre a EJA - Educação de Jovens e Adultos. Vou contar um pouquinho da parte histórica da EJA e mostrar uma entrevista que fiz com meu noivo Heitor *u* que cursou EJA e também mostrar um vídeo que fiz para a faculdade, com essa entrevista gravada! ;3
Espero que gostem hein!

Educação de Jovens e Adultos – EJA




A EJA surge no Brasil como substituição ao antigo Ensino Supletivo e cumpre a mesma função que ele: compreende o processo de alfabetização e cursos ou exames supletivos nas etapas do ensino fundamental e médio. Para jovens e adultos, esse programa educacional é importante para a sua participação na sociedade, incluindo na qualificação e requalificação profissional.

Até o século XX, as oportunidades de escolarização eram restritas a uma minoria da população brasileira, devido à ideologia relacionada a trabalho no campo e estudo, exclusão e desigualdade social. No período republicano, políticos e intelectuais lutavam pela alfabetização como sendo a possibilidade de elevação social/moral e intelectual do país e da massa popular. A partir de 1947 foram implantadas as primeiras políticas publicas para a instrução de jovens e adultos através da estruturação do Serviço de Educação de Adultos do Ministério da Educação e também inicio da Campanha de Educação de adolescentes e adultos (CEAA). Na década de 60, a alfabetização de jovens e adultos surge como uma ferramenta para a ampliação das bases eleitorais e de sustentação política do plano de reformas que o governo pretendia fazer no país. O golpe militar em 64 interrompeu o inicio das ações que estavam sendo tomadas para a alfabetização de jovens e adultos e reprimiu os movimentos da educação popular. O governo transformou a educação de jovens e adultos no ensino supletivo e deu a ele professores desqualificados tornando-a uma educação de baixa qualidade. No inicio do século XXI, a alfabetização de jovens e adultos retornaria à agenda de prioridades das políticas nacionais, com o lançamento, no ano de 2003, do Programa Brasil Alfabetizado.

Paulo Freire mudou a concepção da educação, considerava em seu método as características peculiares dos alunos e, portanto, foi muito importante para o processo de constituição da educação de jovens e adultos.
A LDB reconhece a EJA enquanto modalidade da educação básica, adequada às “necessidades e condições especificas e peculiares desse grupo”. Ela estabelece que as idades mínimas para conclusão do ensino fundamental e médio são de 15 e 18 anos. O parecer CNE nº36/2004 fixou a duração mínima dos cursos de jovens e adultos em 24 meses para as series finais do ensino fundamental e 18 meses para o ensino médio.  O parecer 11/2000 e LDBEN produzido pelo conselho nacional de Educação e da Câmara de Educação Básica, a partir das diretrizes curriculares nacionais para a EJA, é um dos dispositivos legais mais importantes no âmbito da Educação de jovens e adultos.



Entrevista com ex-aluno de EJA

O Heitor Paes de Campus é um ex-aluno de EJA, têm 22 anos de idade, concluiu seus estudos em duas Instituições uma pública, onde terminou a oitava série do antigo ensino fundamental, e uma particular onde pagou para terminar o Ensino Médio à distância. Trabalha como massoterapeuta em uma pequena clinica de massagem oriental, é formado em Técnico de Massoterapia e pretende cursar a faculdade de Fisioterapia. Mora na Vila Guarani, zona Sul de São Paulo. Está confiante em prosseguir os estudos, mas aguarda sua situação financeira melhorar para que possa fazer algum curso superior.

Line-Chan - Por quais motivos você cursou a EJA?
Heitor: Fiz a EJA para terminar meus estudos em menor tempo que o ensino normal (regular) e eu já havia reprovado algumas vezes e estava atrasado nos estudos.

Line-Chan - Como eram os discentes (alunos) de EJA?
Heitor: A grande maioria dos alunos eram bem mais velhos do que eu, e os que se aproximavam da minha idade estavam lá em regime semiaberto.

Line-Chan - O espaço foi propício ao estudo?
Heitor: Sim. O espaço era bem parecido com uma escola convencional.

Line-Chan - A professora levava conteúdos condizentes com a realidade vivida pelos alunos?
Heitor: Sim. Ela me parecia bem experiente com aquele tipo de situação e deva uma matéria apropriada.

Line-Chan - O material didático era diversificado ou tradicional?
Heitor: Acho que tradicional, pois ela dava lição na lousa e no livro. Não sei dizer a diferença entre um material e outro.

Line-Chan - Após a EJA, as condições de oferta de trabalho aumentaram?
Heitor: Com certeza! É praticamente impossível arranjar um bom emprego sem ter terminado os estudos antes.

Line-Chan - Após a EJA, você realizou algum outro curso? Qual?
Heitor: Sim, eu sou formado pelo curso técnico em massoterapia.

Line-Chan - Referente a estudo, pretende cursar alguma faculdade?
Heitor: Sim, eu pretendo fazer Fisioterapia para complementar meus estudos.

Agora vamos assistir o vídeo que fiz sobre a temática de EJA com entrevista com o meu querido Heitor:

(No vídeo, bem na hora da entrevista... começou a ventar muito, desculpem pelos ruídos rsrs não sei editar áudio muito bem =P)



Análise e Discussão


Ao realizar essa entrevista podemos observar que essa pessoa sentiu as limitações de oferta de trabalho e a necessidade do estudo. Mas podemos observar que apesar de muita luta, ele se esforçou para estudar, mesmo apesar do cansaço. O professor tem um papel importante nesta trajetória, pois o aluno deve ter o sentimento de pertencimento, se isso não ocorre ele acaba desistindo. Dessa maneira é preciso perceber a importância do estabelecimento da relação “professor-aluno” para que a aprendizagem seja significativa.

Notamos que o entrevistado foi objetivo em suas respostas e deixou claro que o ensino de EJA não é muito divulgado, seja em mídias ou até mesmo em escolas próximas. Isso nos leva a concluir que a educação de jovens e adultos ainda tem que melhorar na questão de acesso e permanência. O professor deve cativar seus alunos a fim de permanecerem no ensino de EJA, trazendo novos materiais para a sala de aula incrementando suas aulas e instigando a curiosidade e criatividade. O entrevistado não soube diferenciar um material didático diversificado, apenas citou que o material didático tradicional era a lousa e o livro que eram frequentes quando estudava.

            Foi muito gratificante conhecer e saber da história de vida do entrevistado e dificuldades para chegar até onde ele está hoje. Portanto agradecemos a oportunidade de tal experiência que nos proporcionou entender por que e para quê estamos nos formando, queremos formar pessoas para autonomia e liberdade.


Referências Bibliográficas


GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. 10ª Ed. São Paulo: Cortez, 2008, v.5.


SOUZA, Maria A. de. Educação de Jovens e Adultos. 2ª Ed. Curitiba: IBPEX – Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão, 2010.

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Nyah! *---* Espero que tenham gostado ^^

Olha a fotinho mega kawaii:


Obrigada Heitor por tudo! Eu te amo!
Ownnt! ;3

2 comentários: